Turismo em Rio Torto

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Património e Monumentos

 

 O Dólmen

(Monumento Pré-Histórico)

Este dólmen, construído em pedra, está situado em propriedade privada, a 120 metros à esquerda da Estrada Nacional 17, no sentido Coimbra / Celorico da Beira, ao quilómetro 103.

É constituído por elementos verticais, os esteios (pedras colocadas ao alto, formando uma parede) e um elemento horizontal colocado sobre os esteios como um tecto (tampa ou chapéu). Tanto os esteios como o chapéu são lajes graníticas, de grandes dimensões, cada elemento pesando toneladas. Está cientificamente provado que esta construção se destinava a rituais fúnebres ao povo neolítico que habitava a região.       


 
Neste monumento pré-histórico foram encontradas ossadas humanas (do crânio), mais de uma dezena de pontas de setas, vários fragmentos de setas, uma placa de argila, facas e um vaso de argila.”


A Ponte Medieval

Referenciada em alguns documentos e um Mapa de todas as pontes existentes no Concelho de Gouveia, a ponte de Rio Torto é enumerada e identificada como tendo 145 palmos de comprimento total; 18 palmos de largo; um arco, e este de configuração redonda com 38 palmos de altura desde o fecho até ao terreno e 59 palmos de largura ou vão. De referir um apontamento do livro «Diocese da Guarda», páginas 240 e 241, onde o autor Dr. José Osório de Gama e Castro refere, que a ponte do Rio “Cessodo” (que depois foi conhecida pela Ribeira da Cessada e hoje como Ribeira de Rio Torto) “na Freguezia de Riotorto, do Concelho de Gouveia foi arrematada pelos annos de 1613, pelo mestre Francisco António, canteiro de Coja, por 580:000 para o que se lançou uma finta. (ebid. doações, liv. 38, fl. 19)”      


 

Casa Típica de Rio Torto

 As casas tradicionais de Rio Torto nada têm de comum com a arquitectura dos arquitectos da época moderna. As casas são construídas em granito exteriormente. No seu interior as divisões eram feitas em tabique (madeira forrada a palha e barro), os soalhos por norma eram em madeira, (pinho), e o vigamento era feito por norma com madeira de pinho, castanho, carvalho ou eucalipto, dependendo das posses económicas de cada família. Outras das características destas habitações são os alpendres junto das portas principais, sendo estes, suportados por uma ou duas colunas em madeira ou pedra. As casas tinham quase sempre dois pisos, ou seja no 1º andar ou rés-do-chão eram as lojas dos animais e arrumos e no 2.º andar era a parte de habitação, à qual se acedia por escadas ou balcões em granito (exteriormente). O vão dasescadas também era aproveitado para “habitação” de animais como por exemplo: as galinhas, o porco, a cabra, entre outros. As portas e as janelas eram feitas em madeira. As casas tinham todas chaminé. O tipo de chaminé indicava a existência de uma lareira aberta, grande, onde não só se cozinhava, mas que, no Inverno, aquecia a cozinha, que também era sala de jantar e  de convívio familiar, e servia de  "fumeiro" para os enchidos de fabrico caseiro. Os telhados eram cobertos com as telhas de “Canudo” nas casas mais pobres e “Marselha” nas mais ricas.

 

 

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